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Joinville, SC Festival de Capoeira

Aruandê Capoeira JoinvilleAnunciando o Primeiro Festival de Capoeira no Joinville, SC - "Axe Joinville" ! O evento vai ter o formatura do Mestre Dante! Organizacao: Professor Sagaz. Pra mais informacao, ver o cartaz.

Mestre Toni Vargas - Liberdade

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Dona Isabel

Dona Isabel que história é essa
De ter feito a abolição
De ser princesa boazinha
Que libertou a escravidão

To cansado de conversa
To cansado de ilusão
Abolição se fez com sangue
Que inundava esse país

Que o negro transformou em luta
Cansado de ser infeliz
Abolição se fez bem antes
E ainda há por se fazer agora

Com a verdade da favela
Não com a mentira da escola
Dona Isabel chegou a hora
De se acabar com essa maldade
De se ensinar aos nossos filhos
O quanto custa a liberdade

Viva Zumbi nosso rei negro
Que fez-se herói lá em Palmares
Viva a cultura desse povo
A liberdade verdadeira

Que já corria nos quilombos
E já jogava capoeira

Iê viva Zumbi

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Nego forte

Sou um negro forte da periferia
Meu tataravô foi escravo
E eu sou escravo hoje em dia

Sou trabalhador e capoeirista
Mais ainda tenho feitor
Que é quem comanda a revista

A capoeira cresceu
Ganhou força girou nesse mundo
Mas me chamam de moleque
E ainda me tratam como vagabundo

Eu não tenho anel bonito
Nem diploma de doutor
Acordo pedindo desculpa
E durmo dizendo por favor

Passo dia passo noite
Tocando meu berimbau
Mas meus filhos não tem nada
Quando chega o Natal

Mas por ser capoeirista
Com fundamento no meu ritual
Eu vou mostrar para esse mundo
O que vale um berimbau

Sou guerreiro de verdade
Na forças dos Orixás
Se você não acredita
Sua hora vai chegar

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Dor

Meu bisavô me falou
Que no tempo da escravidão
Era dor muita dor tanta dor
Morriam de dor os negro meus irmãos

Dor, dor, dor

O sangue jorra no chicote do feitor

O negro morre de saudade sem amor

Dona Isabel sua lei não adiantou

O negro morre de Paris a Salvador

O sangue jorra na caneta do doutor

A raça negra não nasceu para ter senhor

Minha alma é livre o berimbau me libertou

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Cidadão Considerado

Sou um cidadão considerado
E quero ser qualificado pelo "TUM"
o meu tambor

Sou um cidadão do mundo
Sou cigano, vagabundo
Sou Brasil e já não sou
Porque o Brasil que eu vejo agora
Me disse para sair fora
Foi se embora e não voltou

Até o meu Rio de Janeiro
Ta beirando o desespero
Já não tem para onde ir
Cristo Redentor ali parado
Atualmente tá zangado
Preparado para sair

Esteja em Paris ou na Alemanha
Minha tristeza é tamanha
Quando penso em meu país
Que é guiado pela gente estranha
O povo perde e alguém ganha
Assim não dá para ser feliz

Eu que vivi minha vida inteira
Com a crença verdadeira
De que um dia ia mudar
Vejo o vazio na geladeira
Da minha gente guerreira
Que tem que se conformar

Eu que estando dentro estava fora
To pensando em ir embora
To cansado de esperar
Talvez já tenha chegada a hora
Pois quando o guerreiro chora
Já tá pronto para lutar

Vou de aeroporto em aeroporto
Bem cansado meio torto
Carrego meu berimbau
Sabem meu nome no mundo à fora
Mais o Brasil me ignora
Nunca saio no jornal

Capoeira é coisa de escravo
De pobre de optimido
De homem trabalhador
Apesar de hoje ser praticada
E até mesmo disputada
Por barão e até doutor

Sou um brasileiro pequenino
Com alma de peregrino
Sem diploma de doutor
Faço meu destino, com meu passo
Se tem nó pego e desfaço
Também tenho meu valor

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Capoeira Me Leva

Eu estava na vida
Capoeira me levou
E nas voltas do mundo
Me fez ser quem se sou

Capoeira me leva,
Capoeira me trás

Capoeira é destino
O que ela quer ela faz

Capoeira mandinga
De muito tempo atrás

Capoeira tá no mundo
Quem diria meu rapaz

Capoeira é amor
Harmonia e paz

Quando a vida dá nó
Capoeira desfaz

Capoeira é o saber
Quem vem dos nossos ancestrais

Capoeira é rasteira
Derrubando o capataz

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Ritual

Quem comanda o ritual
Quem comanda o ritual

Quem comanda o ritual
É o toque dolente de um bom berimbau

É um saber muito antigo
Um saber ancestral

É a força o axé
A beleza o astral

É a união de todos
Todo o pessoal

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Axé do Terreiro

O axé desse terreiro
Vem do fundo do chão

É axé muito antigo
Escuta o que eu lhe digo
É axé meu irmão

Ele entra no pé
Vai no corpo todo
Até o coração

Axé que não se cala
Axé da Senzala
Que tem tradição

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O Dono da Verdade

Você que é dono da verdade
Dono do certo e do errado
O seu caminho meu "compadi"
Ta cada vez mais apertado
Você quer sempre ter razão
Mas anda muito equivocado
Você defende a negritude
Mas age como um feitor
O orgulho vaza na atitude
É um discurso sem valor
Um pouco mais de humildade
Faria bem para o senhor
Olha essa sua prepotência
Esse seu ar superior
Pode levá-lo a decadência
Pode afastá-lo do axé
Sapato grande em pé pequeno
Acaba machucando o pé

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Seu Moço

Seu moço não jogue comigo
Seu moço é melhor não jogar

Eu to com a navalha na cinta
Cuidado ela pode cortar

Sou guardado pela palha
Que cobre meu Orixá

O senhor não pode com a mandinga
E não carrega patuá

Eu jogo em roda de bamba
E nunca te vi por lá


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Meu Barco é Pequeno

Meu barco vem de longe
Veio lá do Ceará
Passou pelo Rio de Janeiro
For parar no Paraná
Meu barco é pequeniniho
Mas eu sei remar

Meu barco é pequeno
Mas eu sei remar

Eu sei remar meu camarada

Eu sei remar no rio e mar

Se a maré tá boa eu sei remar

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Cais da Bahia

Foi lá, lá no cais da Bahia

Que o caboclo gingava
Pulava suava subia descia

Que eu vi Mestre Bimba
Que eu vi Sr. Pastinha
Foi naquele dia

Que eu dei quatro ponteira
Dei cinco rasteira
E o cabra não caia

Só depois percebi
Que era tudo mandinga
Que era feitiçaria

Era um jogo arretado
Os moleques danados
Eu entrava e saía

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Na Beira do Mar

Salve o Rio de Janeiro
Lugar bom de se morar
Se o caboclo é mandingueiro
Ele joga ligeiro na beira do mar

Na beira do mar, na beira do mar

Vou jogar capoeira na beira do mar

Capoeira mandinga na beira do mar

É no Rio de Janeiro na beira do mar

Capoeira ligeira na beira do mar

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O Menino é Bom

A onda do mar quebrou na areia
Berimbau vai tocando na noite de lua cheia
No pé do berimbau o caboclo pede axé
E é melhor tomar cuidado,
que o menino é bom quando bate com o pé
É bom, é bom

Quando bate com pé

Falei que é bom

Cuidado é bom

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Alforriado

Sinha dona me chamou
Pra me mandar no mercado
Mande outro Sinha Dona
Que eu não sou seu empregado
Berimbau tá me chamando
Vou atender seu chamado
Vou jogar a capoeira
Na roda do outro lado
Não mande em mim Sinha Dona
Que eu já sou alforriado
Não mande em mim Sinha Dona

Que eu já sou alforriado

Já rodei todo esse mundo
Com meu berimbau do lado
Não mande em mim Sinha Dona

Olha eu sou corda vermelha
Tenho de tempo de formado
Não mande eu mim Sinha Dona

Se quiser mandar em mim
É melhor tomar cuidado
Não mande em mim Sinha Dona

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Chora Maria

Maria tava chorando
Porque seu amor foi se embora
Ele foi la para beira do cais
Jogar capoeira de angola

Chora Maria chora

Olha chora Maria seu bem foi se embora

Foi pra beira do cais jogador de Angola

Chora Maria que a roda demora

A roda so para no romper da aurora

Quem mandou tu querer capoeira de angola

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Noite Sem Lua

Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua

Era uma noite sem lua e eu tava sozinho
Fazendo do meu caminhar o meu próprio caminho
Sentindo o aroma das rosas e a dor dos espinhos

De repente apesar do escuro eu pude saber
Que havia alguém me espreitando sem que nem porque
Era hora de luta e de morte, é matar ou morrer

A navalha passou me cortando era quase um carinho
Meu sangue misturou-se ao pó e as pedras do caminho
Era hora de pedir o axé do meu Orixá
E partir para o jogo da morte é perder ou ganhar

Dei o bote certeiro da cobra alguém me guiou
Meia lua bem dada é a morte
E a luta acabou

Eu segui pela noite sem lua
Hostórias na algibeira
Não é fácil acabar com a sorte de um bom capoeira

Se você não acredita me espere num outro caminho
E prepara bem sua navalha
Eu não ando sozinho

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Difícil Pra Calar

Tá difícil pra calar a boca do cantador
O meu canto vem de dentro
Já nem sei quem me ensinou
É canto que tem mandinga
Tem magia tem amor
Por isso náo adianta
Tu querer me derrubar
Dei o bote na serpente
Antes dela se enroscar
Mandinga que vem para aqui
Meu bom Deus manda pra lá

4° Festival de Capoeira de Campo Novo

4th Festival de CapoeiraNos dias 15 e 16 de Outubro o Monitor Sabiá realiza o 4° Festival de Capoeira de Campo Novo do Parecís.  O evento contará com mais de 20 professores do grupo e 10 convidados, batizado e troca de cordas com crianças dos projetos realizados no município.  O Mestrando Bicudo estará conduzindo o evento.  Venha participar deste mega evento! Você também, será nosso convidado especial.